Notícia pegou de surpresa comerciantes e lojistas que cumprem as medidas sanitárias

24 de Dezembro de 2020 – Diário de Suzano

Matéria completa retirada no site www.diariodesuzano.com.br

O Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) reprovou a decisão do Governo do Estado de São Paulo em retroagir para fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo. A decisão foi tomada nesta terça-feira (22) e estabelece que no período entre os dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro, – que coincide com as festas de Natal e Ano Novo -, somente os serviços essenciais poderão funcionar.

A notícia pegou de surpresa comerciantes e lojistas que cumprem as medidas sanitárias de combate à Covid-19, e veem o melhor período de vendas para comercio se tornando em prejuízos. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), Valterli Martinez, avalia que a decisão foi prematura e trará reflexos negativos para a categoria.

“Quem coordena o plano de retomada da economia do Plano São Paulo, não possui o mínimo de coerência nas ações que realiza. As regras são mudadas de dez em dez minutos. Não é feito o cálculo do prejuízo que causam aos comerciantes, não dão tempo mínimo para que eles se adaptem, todos ficam perdidos com essa desorganização”, avalia.

Segundo o presidente, os lojistas e comerciantes legalizados já estavam seguindo as orientações de combate à Covid-19, e a determinação precipitada acabará favorecendo os comércios clandestinos, que não possuem registros e documentações para atuarem legalmente.

“As coisas vão continuar acontecendo. Os comércios que pagam impostos e seguem as orientações, estarão fechados. Mas os que não são oficiais, que não pagam impostos e nem seguem as determinações, vão continuar funcionando, até porque, nem possuem CNPJ para receberem multas”, comenta.

Desde o início da pandemia, o Sincomercio atua em conjunto com os comerciantes das oito cidades que atende. O sindicato já está se movendo para fazer com que, ao menos, alguns serviços possam funcionar de forma delivery, drive trhu e liberando trocas de presentes nas lojas.

“Através do Conselho Gestor, conseguimos com que lojas de roupa e presentes de Mogi possam funcionar apenas para trocas, desde que o comerciante não deixe o consumidor entrar no estabelecimento. Agora estamos contando com o apoio da Associação Comercial de Suzano para que isso também seja possível no município”, comentou.