SHOPPINGS NO BRASIL TÊM 127 LOJAS FECHADAS NO MÊS DE AGOSTO

O mês agosto foi marcado pela evasão de varejistas das principais redes de shopping centers do Brasil. O mês teve o fechamento de 127 lojas, ofuscando as 82 inaugurações de julho.

Com isso, o terceiro trimestre ficou com um saldo de 45 lojas baixando as portas até aqui. Os dados de setembro ainda não estão disponíveis. O levantamento foi realizado pelo Bank of America, sobre o saldo de aberturas e fechamentos de lojas no período. A pesquisa abrangeu 146 shoppings, com cerca de 28 mil lojas ao todo.

A Polishop foi a empresa que mais fechou lojas em agosto: foram nove. A empresa atravessa um processo de reestruturação dos negócios após os baques da pandemia, que derrubaram as vendas. No ano todo até agosto, a Polishop fechou 22 unidades em shoppings.

Em segundo lugar na lista ficaram Triton, Puket, Ponto e Imaginarium, com encerramento de cinco lojas cada, em um sinal de dificuldades de varejistas dos setores de roupas e eletroeletrônicos. Vale notar que a Puket e a Ponto não haviam cortado unidades ao longo deste ano até agosto.

Outras empresas também ficam mais para o topo da lista de fechamentos se analisado o ano inteiro, de janeiro a agosto. A Tok&Stok, a Ri Happy e a Marisa são exemplos, com 11, 8 e 8 fechamentos no período, respectivamente. Elas também estão em períodos de reestruturação e renegociação de passivos. A Marisa já fechou mais 80 lojas.

O Sincomercio vem acompanhado estes dados, para avaliar as tendências das vendas no quarto trimestre, que compreendem dia das crianças, a Black Friday e o natal. Ainda não possuímos as projeções de vendas, mas estamos preocupados com o senário econômico, com a possibilidade do fim de parcelamentos, aumento de impostos, leis federais, estaduais e municipais que encarecem os custos dos produtos, dificultando as vendas no setor varejista e de serviços.

Temos como outra preocupação o crescimento do endividamento familiar, que aumentou em 9,10% no último ano (fonte SPC-BRASIL – CDL – Câmara de Dirigente Lojista de Mogi das Cruzes), causando a queda de investimento no maior setor que emprega no Brasil, Comercio Varejista.