Para o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, a medida não beneficiaria os comerciantes e poderia trazer mais prejuízos aos lojistas

25 de Março de 2021 – Diário de Suzano

Matéria completa retirada do site www.diariodesuzano.com.br

O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) aprovou a decisão do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê de não antecipar feriados nas cidades da região. Para o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, a medida não beneficiaria os comerciantes e poderia trazer mais prejuízos aos lojistas.

Por conta do avanço do coronavírus no Alto Tietê, a questão da antecipação de feriados foi bastante comentada nos últimos dias. A decisão da não antecipação foi divulgada na tarde de quarta-feira (24). “Fizemos a solicitação da não antecipação dos feriados, pois traria altos custos aos comerciantes. A ideia é não encarecer ainda mais os lojista, pelo fato de as lojas estarem fechadas e dariam um custo adicional sem necessidade”, disse Martinez.

Ele afirmou que a medida pode atingir negativamente até os supermercados e por isso pede por um melhor planejamento. “Quando é feriado, o custo é diferenciado. Temos que fazer um planejamento”, explicou.

Para evitar mais demissões, a entidade garante ter atuado junto ao Sindicato dos Empregados do Comércio (Sincomerciários), com o objetivo de evitar mais demissões no setor. No início de março, o sindicato projetou mais de 500 demissões de trabalhadores num período de 14 dias.

Na visão de Martinez, o serviço online não traz o mesmo resultado que o presencial. “Os comerciantes não têm mais condições de pagar funcionário sem trabalhar. As vendas online, infelizmente, não trazem resultado nenhum”.

Protestos

Recentemente, comerciantes tem ido às ruas para protestar contra o fechamento das lojas durante a fase emergencial. Mesmo compreendendo a situação dos lojistas, Martinez entende que não é o melhor momento para realizar manifestações, por conta do número alto de mortes causadas pela Covid-19. Por isso, a entidade tem optado o caminho da negociação.

As vendas online não têm agradado devido à baixa procura e tenta procurar medidas mais efetivas, segundo o presidente do Sincomércio. “Entendo que não é hora de protestar, por conta do número alto de mortes. Nós preferimos a negociação, para tentar levar soluções para os lojistas conseguirem atrair consumidores”, finalizou.