Também houve 100 contratações no período. Entretanto, em sua maioria foram em outros setores

29 de Março de 2021 – Diário de Suzano

Matéria completa retirada no site www.diariodesuzano.com.br

O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), calculou pelo menos 100 demissões no comércio nos últimas dez dias. Também houve 100 contratações no período, grande parte são de outros setores, principalmente nos considerados essenciais. No início do mês, o sindicato projetou 500 demissões em duas semanas. O número menor, porém, não é motivo de comemoração. A prorrogação da fase emergencial para o dia 11 de abril foi recebida com bastante preocupação pelo Sincomércio. A medida preocupa justamente por afetar o período de pagamento, a chegada da Páscoa e pode prejudicar as vendas para o Dia das Mães. A data é a segunda mais importante do comércio, ficando atrás apenas do Natal.

O presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, afirmou que há risco de ocorrer falências, principalmente de pequenos e médios negócios. “Preocupa e muito. Vai afetar gravemente a Páscoa e o Dia das Mães, uma data importante. Já perdemos ela no ano passado. Dessa forma, haverá falências”, disse Valterli.

O sindicato segue fazendo reuniões com comerciantes da região. Segundo Valterli, muitos consumidores preferem realizar compras e pagamentos de maneira presencial. Muitos até não sabem como utilizar a tecnologia de pagamento online. O problema ocorre principalmente em lojas de vestuário e calçados. “As vendas online não funcionam para este setor. Muitas pessoas não sabem utilizar o pix, por exemplo. A população é muito interiorizada, querem comprar e pagar na loja. Isso está prejudicando o comércio”, explicou.

Além disso, o Sincomércio tem reforçado na campanha que visa fazer o consumidor comprar no próprio município onde reside, na tentativa de evitar falências e valorizar o comércio da região. No entanto, ele pede para que as prefeituras do Alto Tietê participem da campanha, visando atingir o maior número de consumidor possível. “Estamos enviando nas redes sociais e pedindo para as prefeituras entrarem nessa com a gente. Assim, vai atingir mais consumidores. Os comerciantes precisam atrair mais compradores Vamos valorizar o comércio local”, finalizou.