Com expectativa de vendas menor que em 2024, lojistas do Alto Tietê apostam em reformas para atrair consumidores
Sincomércio orienta comerciantes a se prepararem para conquistar o cliente com lojas mais modernas e convidativas
O fim de ano chega com perspectivas de mercado mais cautelosas. Depois de um 2024 marcado por forte crescimento — o varejo paulista registrou alta de 9,3% nas vendas, segundo a Fecomercio-SP —, a expectativa para 2025 é de desaceleração no ritmo das vendas, diante de um cenário econômico mais ajustado e consumidores mais seletivos.
Nesse contexto, muitos empresários do Alto Tietê estão investindo em pequenas reformas e modernizações para melhorar o ambiente das lojas e conquistar o consumidor pela experiência, mesmo com um cenário de crescimento mais moderado.
De acordo com o Sincomércio do Alto Tietê, há um aumento expressivo na procura por serviços rápidos — como pintura, iluminação, marcenaria leve e repaginação de vitrines — neste último trimestre do ano. O movimento reflete tanto a preparação para o Natal quanto a estratégia dos lojistas de manter competitividade e atratividade visual num período em que o cliente compara preços e atendimento com mais atenção.
“Sabemos que o cenário de 2025 tende a ser de crescimento mais contido. Por isso, o comerciante precisa se diferenciar. A loja bem cuidada, iluminada e organizada é um convite ao consumidor. Mais do que preço, o cliente procura conforto e boa experiência de compra”,
afirma Valterli Martinez, presidente do Sincomércio do Alto Tietê e da CDL Mogi das Cruzes.
Martinez destaca que a preparação visual e estrutural das lojas é uma forma de antecipar-se à concorrência e fortalecer a imagem do comércio local. Segundo ele, o investimento em reformas rápidas, muitas vezes feitas com recursos próprios, é uma alternativa eficiente para potencializar vendas sem recorrer a grandes financiamentos.
“São melhorias que cabem no orçamento do pequeno empresário: pintura, iluminação, ajustes no mobiliário, sinalização e fachada. Essas ações, somadas a um bom atendimento, fazem diferença na decisão do consumidor”, complementa o dirigente, que também é vice-presidente da Fecomercio-SP.
Os dados nacionais confirmam o movimento: a CBIC aponta que a produção de insumos da construção civil cresceu 5,3% entre janeiro e outubro de 2024, impulsionada justamente pelas pequenas obras e reformas. Já a CNI identificou que 34,1% dos empresários da construção apontam os juros altos como obstáculo para projetos maiores — fator que reforça a tendência de intervenções menores, financiadas com caixa próprio.
Além de preparar o comércio para as festas, o aumento das pequenas reformas também movimenta a economia regional, gerando trabalho para prestadores de serviço, pintores, eletricistas, marceneiros e pequenas lojas de materiais de construção.
“É uma cadeia que beneficia toda a região. O comércio investe, melhora suas condições de venda e ainda gera emprego e renda para outros setores. Esse é o papel do varejo local na retomada econômica”, finaliza Martinez.
Sobre o Sincomércio do Alto Tietê
O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região do Alto Tietê representa os empresários do setor varejista de Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Salesópolis, Biritiba Mirim e Guararema. A entidade atua na defesa dos interesses do comércio, na promoção de capacitação, campanhas de valorização e iniciativas para o fortalecimento do varejo regional.
Fontes
Fecomercio-SP — Pesquisa de Vendas do Varejo Paulista (2024)
CBIC — Indicadores da Construção Civil (jan–out/2024)
CNI — Sondagem da Indústria da Construção (dez/2024)
Sincomércio do Alto Tietê — Observações e relatos de empresários.
Assessoria de Comunicação — Sincomércio do Alto Tietê
